9 dicas de gestão de acessos para um ambiente de nuvem seguro

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A presença digital nas empresas passou do uso de alguns sistemas para a completa dependência deles, colocando dados sensíveis e informações estratégicas completamente no meio virtual. Diante disso, a gestão de acessos, permissões e privilégios deixou de ser um mero controle administrativo para se tornar uma atividade de alta segurança.

No ambiente de nuvem, em que aplicativos mobile ou plataformas web permitem conectar de qualquer lugar, esse contexto é ainda mais relevante. Isso porque cibercriminosos podem considerar esse formato mais atrativo por não precisarem estar fisicamente no local para atacar as bases informatizadas de uma corporação.

Tal cenário tende a ser o pior pesadelo da equipe de TI. Mas há boas práticas capazes de evitar esse quadro. Vejas 9 delas e muito mais!

Gestão de acessos é uma questão de segurança

Mais que uma barreira para impedir que pessoas não autorizadas vejam informações sigilosas, a gestão de acessos também serve para controlar a atuação dos colaboradores, limitando o que podem realizar de acordo com suas funções. Aliás, esse cuidado é obrigação das empresas a partir da instituição da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Assim, é implementado um conjunto de políticas, processos e tecnologias que visam:

  • proteger o que está armazenado no meio digital;
  • regular o que cada usuário tem permissão de fazer nas plataformas e sistemas;
  • acompanhar tal uso, identificando desvios de conduta;
  • garantir a integridade e a rastreabilidade das ações.

Dessa forma, trata-se de uma medida de segurança que visa evitar a perda de dados importantes, a quebra de sigilo ou exposições que geram consequências negativas para a vantagem competitiva, multas e, até mesmo, judicialização.

Tais providências são ainda mais relevantes quando o armazenamento e o processamento ocorrem em ambientes de nuvem. Pois as interfaces online utilizadas para login acabam sendo alvos preferenciais de cibercriminosos, uma vez que para visitá-las não é preciso estar fisicamente na empresa.

Boas práticas para ambientes em nuvem

Ainda que os ambientes em nuvem possam parecer mais expostos que os modelos de arquivamento local, eles contam com recursos de segurança em suas camadas que não estão disponíveis em outras opções.

Além da clusterização em níveis cujas barreiras de proteção e privacidade são individualizadas, uma boa gestão de acessos inibe quaisquer ações criminosas para que as empresas consigam usufruir das vantagens dessa solução. Descubra 9 boas práticas para isso!

1. Tenha uma política de segurança

Embora possa ser considerado algo burocrático definir regras para a gestão de acessos e permissões, são elas que garantem a segurança de dados. Não à toa, uma vez que visam criar critérios de autenticação, métodos de validação, direitos e deveres que todos devem obedecer.

2. Organize em hierarquia

O que cada usuário pode acessar ou fazer é outro limitador importante. Na hora de definir isso, o melhor é utilizar critérios objetivos. Via de regra, cargos, funções e responsabilidades profissionais são as bases para organizar essa hierarquia.

3. Tome cuidado ao fornecer autorizações de acesso

A partir das políticas e da hierarquia é possível dar permissões para os usuários acessarem a nuvem ou usarem determinadas funcionalidades. Logo, esse é um momento crítico, sendo ideal adotar precauções tanto na avaliação da concessão quanto na escolha dos modelos tecnológicos para colocá-la em prática.

4. Adote bons métodos de autenticação

Verificar a identidade de quem tenta realizar o login em um sistema, aplicativo ou plataforma é imprescindível para proteger informações. Além das senhas, os tokens, os aplicativos e as ferramentas de autenticação multifator são boas opções.

5. Faça auditorias frequentes

Enquanto a autorização requer uma verificação anterior à concessão de acesso, a auditoria serve para realizar esse tipo de conferência durante o uso. Nesse caso, são coletados dados para compor um histórico mapeando erros ou desvios de conduta na atuação dos usuários, capazes de comprometer a integridade dos sistemas.

6. Utilize ferramentas adequadas

Desde softwares que gerenciam todo o processo até tokens físicos são exemplos de ferramentas úteis para garantir a segurança de soluções em nuvem. Desse modo, vale investir em opções de ponta e se manter atualizado às novidades do mercado.

7. Mantenha o gerenciamento de senhas e credenciais

Tanto os dados dos usuários quanto a segurança de suas senhas também devem ser objeto de atenção da gestão de acessos. Manter um acompanhamento a essas práticas evita situações como:

  • uso de logins de antigos colaboradores;
  • ataques de força bruta;
  • golpes de engenharia social.

8. Realize administração das identidades periodicamente

O uso indevido de logins de colaboradores desligados e afastados também pode ser evitado por meio do processo da exclusão ou bloqueio periódico dos usuários que já não estão ativos. 

Essa ação é uma das que compõem a administração de identidades, haja vista que tal atividade perpassa desde a criação de novos acessos até a atualização dos existentes frente a mudanças de cargo, função ou responsabilidades.

9. Não esqueça da revisão de acessos

Outra boa prática que não pode faltar é a revisão dos acessos. Isto é, mapear todos os logins e entender se eles são cabíveis ou se houve algum abuso. O objetivo aqui é identificar se o usuário está realizando atividades suspeitas ou se ocorreu alguma violação de segurança externa, a exemplo de contas hackeadas.

Riscos da falta desses cuidados

Phishing, sequestro de dados ou malwares são alguns exemplos do que pode acontecer se não houver um trabalho para eliminar vulnerabilidades de interesse dos cibercriminosos. Porém, assegurar o aproveitamento adequado de soluções em nuvem ainda exige atenção para as atividades internas. Vamos entender melhor?

A gestão de acessos é um processo complexo, mas que se bem feito resulta em apenas um impacto: possibilitar que a empresa funcione como deveria, com funcionários conseguindo utilizar as plataformas digitais protegidas.

Muitas vezes isso cria uma aparente simplicidade que faz sua importância ser subestimada e as medidas não serem aplicadas com a disciplina necessária. Senhas de uso coletivo, utilização de passes de terceiros ou liberação descontrolada de quem tem permissão de ver e alterar arquivos são práticas ruins associadas a essa visão.

Tal quadro é bastante problemático, gerando riscos sérios para a qualidade das informações e a confiabilidade delas. Em consequência, a corporação fica sujeita a perdas ou a tomada de decisões inadequadas.

A produtividade também sofre, uma vez que consertar esses cenários tende a sobrecarregar a equipe de TI e atrasar os demais colaboradores. Outros perigos são danos à imagem, custos financeiros ou problemas jurídicos causados por exposições e sumiços. 

Uma boa gestão de acessos do ambiente de nuvem é uma decisão estratégica capaz de proteger a empresa, seus colaboradores e clientes. Só por isso, já vale investir nas 9 boas práticas listadas aqui. 

Para seguir se informando sobre esse assunto, temos outro conteúdo que vai te ajudar. Confira o artigo sobre soberania de dados em nosso blog e descubra como isso funciona!

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